sexta-feira, 22 de abril de 2016

RESISTÊNCIA: REPUDIAR PUBLICAMENTE O GOVERNO GOLPISTA

Primeiro mês, Ano I do Golpe de Estado


Ontem, a Paulista toda tomada contra o Golpe: 
não foi notícia. 
Para a mídia golpista, só é notícia quando a Avenida é tomada 
pelo seu bando molóide de zumbis integralistas.


É curioso notar que esse feriado de Tiradentes repôs questões antigas: em uma das velhas histórias de fundação deste país tolo está um homem, Tiradentes, traído por um covarde; traído à velha moda cristã do proverbial Judas Iscariotes, então Joaquim Silvério dos Reis. Essa traição instrumentalizava os poderes reais da coroa portuguesa contra a chamada Inconfidência mineira. "Liberdade, ainda que tardia" acabou sendo o mote da bandeira daquele estado, porque a liberdade foi atrasada naquele ato de traição.


Não se sabe com certeza: isso é um sorriso ou...

O ato de traição se repete, & a liberdade democrática, recente, é interrompida. 

Não era, aliás, traição imprevisível, porque traição imprevisível acontece quando se supõe inicialmente que o traidor tenha algum tipo de caráter: não havia dúvidas quanto ao novo Joaquim Silvério dos Reis, conhecido sobretudo por não ter vestígio de convicção que não o esgueirar-se, como fazem os ratos, na direção mais segura & proveitosa para si. Ontem, o rato fugiu de São Paulo com o rabo entre as pernas.

Esse roedor, esse rude covarde cujo sorriso repugnante aponta sempre que está fazendo sujeira, morria de ansiedade pelo poder, mesmo ilegítimo, mesmo fruto de golpe, porque sabia que nem mesmo os zumbis cuja mente foi sugada por duas revistas, dois jornais & um canal de TV golpistas lhe dariam o voto. 

Ontem, como vocês vêem no topo desta postagem, houve a reação numerosa de jovens contra o pequeno roedor da democracia, contra o golpe que o coloca na posição que desejava, & não porque possa exercer o poder: é uma figura putativa meramente desagradável, como um espantalho que se põe no meio de uma plantação para evitar aqueles que sabem voar. Por trás desse pequenino roedor de quintal está o verdadeiro poder, toda a máquina golpista. 

Quem mais? Em Londres os cartazes mostram alguns deles.


Cartazes em Londres, Inglaterra, 
mostram o que a mídia golpista brasileira tenta esconder: 
"Golpistas da Democracia Brasileira"

A imprensa internacional também sabe: Der Spiegel, The Guardian, The New York Times, The Economist, Le Monde, The Intercept, Al Jazeera, The Huffington Post, Democracy Now, etc. dizem o que no Brasil apenas uns poucos jornalistas que merecem o nome, & corajosos, dizem (Mino Carta, Paulo Henrique Amorim, alguns blogs & sites de jornalismo independente): o Golpe de Estado brasileiro foi dado por um bando de corruptos, refugos da ditadura, falsos religiosos, preconceituosos, asnos (claramente zurravam seus votos) & o resto da conhecida imundície made in Brazil.

Para quem desejar um pouco mais de verdade, encaminho ao site Brasil 247, aqui:



Miguel Sousa Tavares, falando na TV portuguesa com todas as letras, pra quem ainda não entendeu o que está acontecendo no Brasil:



Reportagem da CNN entrevista o jornalista Glenn Greenwald sobre o Golpe no Brasil:



E a deputada portuguesa Joana Mortágua explica à Câmara portuguesa o ridículo da votação do Golpe:


Curiosamente, também, fomos devolvidos a 1984, quando se lutava pelas Diretas-Já. Também 1984 é emblemático pelo famoso livro de George Orwell, & não por acaso parte espessa do Golpe de agora se deu pela Rede Golpe de TV, que tem seu Big Brother. Como no filme de Michael Radford, com John Hurt e Richard Burton, a gente deve se lembrar que O'Brien (Burton) diz para Winston Smith (Hurt): "Se você quer uma visão do futuro, Winston, imagine uma bota pisando num rosto humano para sempre".


1984: "Uma bota pisando num rosto humano para sempre".
O'Brien, um torturador como o homenageado 
no voto de Bolsonaro a favor do Golpe,
só para que se saiba quem está do lado de quem.

A ilegalidade & a ilegitimidade desse novo governo, fruto de Golpe de Estado, chamam à desobediência, ao protesto, à rebelião & à resistência contra a bota na cara. As demonstrações de que as pessoas conscientes não vão parar até conseguir de volta a democracia estão nas ruas & em qualquer lugar onde haja um mínimo de inteligência.

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